quinta-feira, maio 04, 2006

The Energy Wars

The rise of a new global energy elite means high oil and gas prices are here to stay.

WEB-EXCLUSIVE COMMENTARY
By Michael Hirsh
Newsweek

«It is a mantra of the globalization crowd. In today’s global economy, we are told, all that really matters is which country produces the best brains and skills. The world is flat, after all. The playing field is leveled. Wrong, wrong and wrong. What also matters, we are learning, is who controls the world's energy resources.»
Quando li este artigo dei comigo contente pelas aquisições de livros que fiz recentemente uma vez que vêm provar que de facto “escolhi bem” - o que é sempre muito agradável! Depois de ter lido (devorado) o livro «O Fim do Petróleo» a que já fiz referência anteriormente, estou a ler o livro do Thomas L. Friedman, «O Mundo é Plano». Num caso tenho a visão aterradora de um final abrupto do fim do petróleo barato e as provações que daí advirão para um mundo em que a “transição” para uma economia alternativa é lentíssima. E no outro tenho a visão do potencial de crescimento estonteante que o mundo tem, que decorre desta nova fase de “Globalização” ou “Mundialização”, e que pode, se for bem gerida dar razões para sorrir a muitas pessoas em todo o mundo. Não sei que forças irão prevalecer, se as forças globalizantes, se as forças energéticas. Durante grande parte dos anos 80 e 90 e até 2001 pareceu que a balança estava inclinada para as forças globalizantes; de repente, com os ataques terroristas, a eleição do Bush, e o aparente “pico global de produção petrolífera” atingido, as forças energéticas ganharam terreno. Virá o dia em que os Europeus terão que se habituar a pagar 2, 3, 4 ou 5€, por litro de gasolina. Quando o barril de petróleo passar dos actuais “simpáticos” 70$ para os 100 ou 200$, e numa base permanente, aí sim, as pessoas terão que guardar os seus carros nas garagens (em princípio não haverá ninguém que os queiram comprar), e usar os autocarros, metros, eléctricos e comboios sub-urbanos, para se deslocarem de casa para o trabalho, e do trabalho para casa. Como sair desta situação sem falir o país? Por muito que me custe dizer: energia nuclear, energia hidroeléctrica, energia das ondas, energia das marés, energia solar, biomassa, energia termal. E igualmente muito importante: os três R’s a funcionar em pleno: Reduzir, Reutilizar, Reciclar! Petróleo barato? Foi uma fase da evolução humana durante os séculos XIX e XX. Ainda sobra muito petróleo, sem dúvida, mas de muito menor qualidade que aquele que já foi usado. A sede global de petróleo, a partir de agora, será sempre maior do que a capacidade de produção, daí os preços subirem em flecha. Ainda sobra muito gás natural, mas será cada vez mais escasso em comparação com a subida exponencial do consumo. Ainda existe muito carvão, mas a sua extracção é cara, a sua queima é muito poluente, liquefazê-lo para ser queimado em veículos é igualmente caríssimo. Conclusão: usar “combustíveis” sem futuro é de uma demência total. Usar veículos sem futuro, igualmente. Passaremos a usar mais veículos colectivos, que serão, ao fim e ao cabo, bem mais baratos de manter. Em relação à aviação comercial, será fortemente atingida, sem qualquer dúvida, mas tenho a esperança que um futuro “biodiesel” próprio para a aviação possa substituir o actual querosene. Com sorte, dará às companhias um combustível praticamente infinito e a preços moderados e, acima de tudo, estáveis.