sábado, maio 13, 2006

Estudo Sueco

Orientação estaria ligada à ativação de regiões cerebrais em resposta à inalação de hormônios

Um estudo sueco traz novos elementos para alimentar a polêmica discussão sobre a base biológica da orientação sexual em humanos. A neurologista Ivanka Savic e colaboradores do Instituto Karolinska, em Estocolmo, observaram que, em resposta a um hormônio masculino, o cérebro de mulheres heterossexuais e de homens homossexuais responde de forma similar; da mesma forma, há semelhanças na ativação de regiões cerebrais de homens heterossexuais e mulheres homossexuais em resposta a um hormônio feminino.

in Ciência Hoje On-Line
Espero que com a ajuda de cada vez mais provas científicas se possa acabar de vez com a homofobia.

1 Comments:

Blogger Mars_Crazy said...

De facto existe aqui uma certa verdade no que dizes. Há infelizmente uma excessiva medicalização da homossexualidade. As pessoas debatem-se para ver quem é o cientista que consegue explicar a homossexualidade. Este comportamento é por si só homofóbico. Um cientista digno desse nome deveria sim tentar estudar a Sexualidade Humana, onde um dos vectores é naturalmente a Orientação Sexual, que como se sabe é composta de três sub-vectores, a Homossexualidade, a Bissexualidade e a Heterossexualidade. Mesmo a nivel dos nossos amigos "animais", existe toda uma variedade que os cientistas têm propositadamente ignorado, silenciado e omitido nas suas publicações. A homossexualidade existe no reino animal sem no entanto comprometer a sobrevivência das espécies! :)

Quanto ao Casamento é preciso dizer umas coisas importantes. Primeiro, trata-se somente de um Casamento Civil. Os casamentos religiosos são uma matéria totalmente diferente e na qual as associações de defesa dos direitos dos gays, lésbicas e bissexuais não se intrometeram até hoje, nem se pretendem intrometer. Aliás, no campo religioso, tal como existem religiões anti-gay, também existem religiões pró-gay. Existe até uma Igreja nos E.U.A., chamada "Dignity" [ http://www.dignityusa.org/] que é a contraparte Católica que aceita os gays, lésbicas e bissexuais. Mas aquilo que as associações querem mesmo é o casamento civil. Neste momento qualquer heterossexual pode escolher entre o Casamento Civil e a União de Facto. Os homossexuais só podem escolher pela União de Facto que tem algumas limitações que muitas pessoas quereriam ver corrigidas. Mas o que salta à vista é logo a dualidade de critérios, uma violação do Artigo 13º da CRP. Mesmo dentro da União de Facto, que muitos amigos meus gay e amigas minhas lésbicas já fizeram, estes estão proibidos de adoptar, ao contrário dos casais heterossexuais em União de Facto. Mais uma vez nota-se a dualidade de critérios, e uma vez mais o Art. 13º da CRP é violado.

Sobre a Adopção percebo a tua preocupação. Neste caso deve prevalecer o Princípio do Primado da Criança. Seja lá o que fizermos, devemos sempre dar à criança o melhor que ela possa receber, independentemente da vontade dos adultos. É um princípio que todas as associações de defesa dos direitos dos gays, lésbicas e bissexuais assumem como fundamental. Ninguém quer o mal a uma criança, quer o casal seja constituído por pessoas homossexuais, bissexuais ou heterossexuais. Penso que para discutir este facto é preciso um livro inteiro, não porque a matéria seja complicada (porque não o é, afinal somos todos humanos, e não é por estarem dois homens juntos ou duas mulheres juntas ou um homem e uma mulher juntos que esse facto vai mudar a humanidade de cada um de nós, ou a nossa capacidade para a parentalidade), mas porque é preciso estar sempre a fundamentar todas as afirmações, até aquelas mais inofensíveis. Deixo-te aqui, no entanto, o conselho de ires consultar os sites das seguintes instituições: «American Psyquiatric Association» [ http://www.psych.org/ ], «American Psychological Association» [ http://www.apa.org/ ], «American Academy of Pediatrics» [ http://www.aap.org/ ], «World Health Organization» [ http://www.who.int/en/ ]. Nestes sites podes pesquisar sobre o que dizem sobre a Homossexualidade e a Bissexualidade (para tirar dúvidas do que dizem os "experts") e podes ver o que dizem sobre adopção de crianças por parte de casais homossexuais e a homoparentalidade.

Sobre o que as outras crianças dizem ou fazem aos colegas que são filhos de casais homossexuais, podemos recuar uns anos e ver que esse argumento foi utilizado pela Igreja Católica e pelos grupos anti-divórcio quando o Parlamento estava prestes a aprovar a Lei do Divórcio. Veio-se a verificar que felizmente nada disso aconteceu. Neste momento é capaz de ser ao contrário: nalgumas turmas devem existir mais filhos de pais divorciados do que de pais casados.

maio 25, 2006 7:20 da tarde  

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