terça-feira, junho 06, 2006

Aviação e Petróleo, Um Namoro Difícil!

Dados da IATA

Companhias de aviação deverão perder três milhões de dólares este ano

As companhias aéreas em todo o mundo deverão registar uma perda acumulada de três mil milhões de dólares (2,31 mil milhões de euros) em 2006, apesar do vigor do tráfico de passageiros, sob o efeito do agravamento dos preços do petróleo, indicou hoje a International Air Transport Association (IATA).

by AFP on 05-06-2006
Afinal a TAP não está assim tão mal, ou melhor, o mal é geral. Como todos sabemos os custos em combustível são uns dos custos mais elevados numa companhia aérea, e a TAP não é excepção. Dado que o querosene é produzido através do petróleo, e este está novamente perto dos máximos históricos, por volta dos 74$, não é de estranhar que a TAP se ressinta, e só não se ressente mais porque a nossa moeda, o euro, está bem forte em relação ao dólar, fazendo com que o petróleo seja ligeiramente mais barato. Prevê-se um novo ano de dificuldades para as companhias aéreas, que provavelmente terão que aumentar as tarifas.
Investidores nervosos com ameaças Irão/EUA

Preço do petróleo sobe para quase 74 dólares

O preço do petróleo agravou-se hoje de manhã em Londres e em Nova Iorque, depois de o Irão ameaçar o corte no abastecimento de petróleo caso seja atacado pelos Estados Unidos.

by AFP on 05-06-2006
E são estes tipos do Irão, uma nação não-democrática, que viola constantemente a Carta Universal dos Direitos da Humanidade, com um presidente tirano anti-semita, uma verdadeira autocracia, ou melhor, uma teocracia, que fazem com que o petróleo esteja nos preços exorbitantes actuais. A “bomba”, que tanto anseiam, nas mãos destes tipos, é como deixar que estes tipos abram a “Caixa de Pandora”: nunca iremos saber o que de lá sairá antes que isso aconteça. Com a actual conjuntura no Iraque - que o impede de aumentar a produção para compensar um eventual corte por parte do Irão - e com um Hugo Chavéz populista e inconsequente, que se afirma muito a favor dos “pobrezinhos” mas que apoia uma das nações mais anti-democráticas e repressoras do mundo, mas que controla enormes recursos petrolíferos de importância estratégica para os EUA, deixa os EUA e a NATO de mãos e pés atados contra a possibilidade, embora remota, de um distúrbio dos fornecimentos de petróleo ao Ocidente. Esta arma-petróleo é um perigo constante, um empecilho ao desenvolvimento mundial. Só assim se entende o último parágrafo da notícia atrás assinalada:
«Os analistas contactados pela AFP mostram-se apreensivos com as recentes declarações de políticos de topo do Irão que ameaçaram utilizar o petróleo como arma contra o Ocidente por causa da oposição dos Estados Unidos e dos europeus ao programa nuclear iraniano.»