domingo, março 05, 2006

Os Três “A”: Aniversário, Aikidô, Alone...

...aniversário...

Foi na quinta-feira, dia 2 de Março! Passei em suspense à espera do Aikidô, bem lá no meu interior, mas que seria só bem lá no fim do dia! Fui às aulas de manhã e de tarde. Empenhei-me nas actividades académicas desse dia. Passei um tempo agradabilíssimo com o meu amigo Rui que admiro muito (sereno, observador, sensato, assertivo, reservado, influente, complexo no bom sentido mais na acepção de ser uma pessoa “rica” -- cheia de recantos inexplorados, senhor de sentimentos e pensamentos não revelados e insondáveis), e ainda com os meus amigos Alex e Saulo. Finalmente, à hora marcada lá caminhei em direcção à porta do edifício de Pós-Graduação para esperar pelo Tinoco San. Estava frio. Ouvi música, ‘Mix’. Esperei.

...aikidô...

Chegou o Sérgio, a Ana e a Délia. Depois chegou o Tinoco. Fomos para Campo de Ourique. Coubemos no carro, apertados mas coubemos. A aula foi muito fixe. Primeiro porque voltei a ver o Francisco pelo qual tenho uma grande admiração por todo o esforço que faz, não só para estudar, mas para ser uma boa pessoa, que na realidade sempre foi. Encheu-me o coração de emoções boas saber que tem uma namorada, uma pessoa com a qual pode partilhar os bons e maus momentos da vida. Conheci um rapaz que não conhecia, cujo nome penso ser Luís, e que é cinto branco como eu. Foi uma aula principalmente de armas. Como esta foi umas das minhas únicas aulas de armas foi com muita dificuldade que acompanhei os meus colegas. Senti grandes dificuldades: tinha que pensar nos pés, no eixo do corpo que deve ser recto e perpendicular ao chão, quando andava deveria manter a minha cabeça num plano imaginário em relação ao chão que não deveria mudar a distância a este, tinha que coordenar com rigor os movimentos do Bokken com os dos pés, e ainda por cima o famigerado Kiai... tinha que ouvir o do líder do exercício, e o meu coitado nem sequer tinha tempo para o exprimir... No fim fizemos exercícios sem armas e voltei a cair... Estava com o Francisco; o Tinoco San disse-me que era como andar de bicicleta -- nunca se esquece! E lá caí... Bem por sinal! Fiquei radiante, e passado uns tempos acabei por voltar a fazer séries de exercícios com o Francisco muito rápidas, daquelas que costumava fazer com o Nuno... No final da aula estava delirante. Todos me tinham dado os parabéns pelo meu aniversário, o Tinoco estava feliz e eu mais do que todos juntos: tinha sido a minha prenda de anos! Dei-a a mim mesmo.

...alone...

No fim do Aikidô acabei por ir jantar ao Atrium. Jantei sozinho. Dei a mim mesmo mais umas prendinhas: uma salada magnífica que escolhi, uma pequena fatia de bolo de chocolate com nozes (o meu bolo de aniversário; não tinha duas velas para por os ‘25’ nem ninguém que me cantasse os parabéns, mas imaginei), e depois um belo café, pau de canela, e açúcar amarelo... estava suave, nem demasiado amargo nem demasiado doce, sabia a café. Fui para casa, para o meu quarto. Deitei-me. Dormi. Sonhei... com dias em que não precisasse de passar os meu aniversário sem uma presença especial a meu lado.