sábado, janeiro 08, 2005

A Dead Day

Nem sabem o quão entediado estou… dormi a noite e o dia todo, acordando de vez em quando mas virando-me imediatamente para o outro lado para voltar a adormecer, não queria viver este dia, e isto tudo porquê? Porque o meu “amigo” J. sabe mesmo como me magoar e pôr deprimido. Sei que ele tem consciência do que me fez mas, mesmo assim, ou deve-lhe dar prazer ver-me infeliz ou deve querer afirmar-se perante seja lá quem for… O dia foi de uma tristeza terrível… Quando se aproximava a hora de jantar comecei a pensar em levantar-me, erguer-me penosamente da cama, pensando a cada momento “tenho que levantar uma perna e coloca-la no chão”, “depois a outra”, “tenho de pôr-me em pé”, “girar sobre mim próprio e abrir a porta do quarto de banho”… Tudo, mas mesmo tudo, é difícil quando estou triste, deprimido. Agora ele deve estar a contorcer-se de alegria ao ver que não cumpri as três horas entre cada refeição, não acordei cedo, não estudei, não saí de casa, não fui às compras, não cumpri os meus objectivos diários, ou seja, deve estar a pensar, «ainda bem que me livrei desta nódoa de pessoa». Pois que pense, e pense nisso todos os dias, a todas as horas, porque eu vou-me levantar, vou estudar, ser alguém, fazer coisas que ninguém antes conseguiu fazer, amar alguém que mereça ser amado e não vou precisar de mascarar a hipocrisia sendo política e socialmente correcto, não precisarei disso… poderei demorar muito tempo até lá chegar, mas a cada passo aprendo, a cada turra aprendo, por cada lágrima aprendo.

Vou agora aproveitar a calma da noite para tentar estudar, com a companhia da Lua de Armstrong e dos meus livros… vou tentar recuperar da pequena queda que tive e esquecer o empurrão que me deram…