terça-feira, abril 19, 2005

Psicologia das relações…

Na minha última sessão de psicoterapia estivemos a falar de relações… Como seria natural falei da “minha relação” com o M. Estivemos a “pensar em conjunto” sobre muitas coisas que me aconteceram com o M., sobre como tais sentimentos tinham surgido, como foram evoluindo e como estão neste momento enraizados em mim. Falamos de como a imagem de anjo que tinha dele foi violentamente abalada quando soube do relacionamento dele com o A.R., de como essa imagem se foi desgastando com o tempo, como a imagem que eu tinha construído dele se foi, lentamente, e penosamente, aproximando da imagem real, daquilo que ele é na realidade, com todas as virtudes, mas também todos os defeitos, de um ser humano.

É interessante constatar como as pessoas divinizam os seus objectos de “adoração”, as suas esperanças amorosas, sentimentais, românticas e mesmo sexuais, e lhes dão poderes e características muitas vezes divinas, extra-humanas, perfeitas… é a tentação de queremos o melhor para nós próprios que faz com que construamos uma imagem deturpada e pouco real das pessoas que nos dizem, ou queremos que venham a dizer, muito para nós. Foi isso que aconteceu comigo e com o M. Aos poucos noto que não tenho tanta necessidade de estar com ele, aos poucos vou reparando noutros rapazes, aos poucos vou conseguindo trabalhar sem ter a imagem dele pregada na mente… é saudável ter este género de evolução, porque gostar, ou estar siderado num rapaz que não quer nada comigo, que não quer saber de mim a não ser para trabalhar e como refúgio para quando já ninguém mais lhe liga, é muito penoso e destruidor para um coração solitário.

O que vale é que tenho seguido os conselhos do meu amigo Alex e estou mais animado. Tenho mil uma coisas em que pensar e isso tira-me tempo para pensar no facto de estar sozinho como sempre estive, faz com que seja suportável fazer seja o que for, faz com que possa estar a trabalhar e que esse trabalho signifique qualquer coisa para mim, pois, quando não temos ninguém ao nosso lado, temos que ser extremamente imaginativos para encontrar as mais diversas habilidades mentais por forma a mantermos um nível de motivação elevado sem recebermos o carinho e a atenção que sempre desejamos. Aos poucos vou-me habituando a estar sozinho.

2 Comments:

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janeiro 20, 2010 3:20 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

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janeiro 21, 2010 5:21 da tarde  

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