terça-feira, maio 24, 2005

Formação Projecto Educação LGBT - Porto 2005

Fiquei no apartamento do meu irmão no Porto durante o fim-de-semana para dar formação do Projecto Educação LGBT da rede ex aequo. Mais uma formação, mais algumas caras novas para conhecer, outras nem por isso… encontrei-me com alguns dos meus amigos do Porto e no cômputo geral diverti-me!

O que mais me admirou foi descobrir que um dos formandos era do meu curso!!! A probabilidade de isso acontecer era por si só baixíssima mas ainda para mais numa formação no Porto, nem queria acreditar! LOL

Nos próximos tempos não deverá haver mais formações para o Projecto Educação nem para as coordenações dos grupos locais pelo que me parece que isso vai tornar a minha vida a partir de agora mais… soft e mais livre para o meu grande medo: os exames!! :(

Foi um fim-de-semana diferente aquele que passei no Porto e já estou de volta a Lisboa. Muito trabalho e muitas preocupações estúpidas aguardam-me, mas tenho que ser forte para ultrapassar tudo isto.

Agora só espero que as escolas nos contactem para que possamos dar o nosso contributo aos jovens LGBT e também heterossexuais no que concerne à educação sexual que infelizmente não têm, e que tanta falta faz: para isso basta olhar para os níveis de infecção com HIV para vermos o quão “pré-históricos” somos nesta área! Mais uma vez, e até nisto, estamos atrás de Espanha!

Irrita-me no entanto o constante fogo contra a educação sexual por parte dos pais! Sendo os pais cada vez mais distantes dos seus filhos, sendo os pais cada vez mais ausentes do dia a dia dos seus filhos, querendo os pais que a escola faça em muitos aspectos trabalhos que deveriam ser deles, sendo cada vez mais os pais que “despejam” os filhos na escola para depois virem “levanta-los” comodamente ao final do dia, só para de imediato mete-los num clube desportivo ou cultural qualquer, que pagam a peso de ouro, para que não os tenham que aturar, sendo os pais ignorantes quanto às mais básicas questões da sexualidade humana e, muitas vezes, na melhor das hipóteses, dando má formação aos seus filhos… – ainda assim querem ser eles a dar uma formação para a qual não têm qualquer habilitação, formação esta que é simplesmente a perpetuação de práticas erradas, preconceituosas e que muitas vezes põe em causa a vida saudável dos seus filhos, nesta era da SIDA. Nesta situação tem que ser o Ministério da Educação a bater o pé e a “informar”, “educar” e “formar” os jovens numa área crítica para a sua felicidade.