sexta-feira, dezembro 17, 2004

Finally Done!!!

Finalmente… dormi de ontem para hoje umas duas horitas mas, at last, depois de muito esforço e preocupações, com as minhas mãos a tremer bastante devido à ansiedade das últimas horas antes do deadline das 19:00h, depois de gravado o CD com o programa em MATLAB (esse demónio computacional aniquilador de memória e recursos dos PCs…), o meu colega foi imprimir e encadernar o relatório de TCM e correr até ao gabinete do professor para o entregar. Infelizmente a minha sugestão de colocar uma nota de agradecimento aos professores da cadeira pela “dedicação incansável que nos facultaram durante o projecto” não teve o consentimento dos meus colegas de trabalho… LOL Mas como diz o A. “o que mais me chateia é estar a trabalhar para aqueles gajos”. Se tivéssemos professores de jeito de certeza que já teríamos terminado o projecto ontem, com muito menos cansaço físico e intelectual e, como é óbvio, um muito melhor projecto e, concomitantemente, muito maior aprendizagem… mas, pelos vistos, não é esse o objectivo dos professores. Preferem que os alunos não percebam nada, que façam projectos medíocres, para poderem chumbar o pessoal todo e assim demonstrar perante os seus colegas que são “excelentes professores” – exigentes nos conteúdos, rígidos nas avaliações… Somos sempre avaliados pelas nossas notas e eles também são avaliados pelas nossas notas, com a ressalva que, quanto mais baixas forem as nossas notas melhores são os professores, quanto maior é o insucesso do aluno maior é o sucesso, competência e capacidade do professor… enfim!

Estou com umas olheiras até ao umbigo mas hoje vou DORMIR!!! :) E muito! Amanhã vou ver se o pessoal não se corta à minha saída de amigos. Em princípio vai o N. e o R., o R. e o M., e eu. Gostava que fosse também o B. e o Kris mas eles são mais difíceis de convencer, em especial o B. Queria ver se ia para o Bairro e daí para uma disco engraçada… mas tenho que ver as sugestões dos meus amigos e as suas disponibilidades (€€€)!

Trabalhos feitos, passamos agora à fase de estudo para exames! E os meus estão bem juntinhos uns aos outros o que é péssimo :( mas tem que ser.

Well… need to go! Ainda quero ver se eles sempre entregaram o projecto! :)

Woww, acabaram de chegar… entregue!!!!!!!!!!!!!!!

quarta-feira, dezembro 15, 2004

The final stroke…

Estou na recta final para o fim das aulas do primeiro semestre. Como sempre a última semana é de entregas de trabalhos, relatórios e projectos, e fazem-se os últimos testes. O trabalho de TCM já está (espero) sob controle e resta a tarefa homérica de fazer um relatório completérrimo para os profs ficarem todos contentes. Não é que a pessoa aprenda alguma coisa a fazer o relatório mas assim mandam as regras da casa…

Hoje tive a minha última consulta da psicoterapia antes das férias de Natal e estivemos a combinar as coisas todas para Janeiro. A conversa até foi interessante e até deu para darmos umas gargalhadas e eu corar um pouco: é que a conversa meteu, a certa altura, “sexo”, e eu fiquei um pouco encavacado, não porque seja pudico, antes pelo contrário, não queria era chocar a psicóloga! Just kidding! :P

Também foi esta tarde a última aula de Aikidô antes das férias de Natal a que eu vou poder ir. Cheguei atrasado – shame on me… – assuntos da APAE fizeram com que me atrasasse. Estiveram por lá o N., o F., o S. e o J. Até nem foi mal concorrida! Já não me lembro é de ver o P. por lá… deve ter hibernado na Torre de Electro!

Estou a ver se depois da tempestade destes últimos dias tenho um bom momento com os meus amigos no fim-de-semana. Uma saída à noite não era mal pensado… Lux ou Frágil seria interessante. A não ser que queiram ir ao Kremlin, que também seria uma óptima escolha! :) As finanças natalícias é que podem não estar muito folgadas…

O Kris fez-me um banner excelente para o blog e quero ver se nas férias ponho pelo menos isso a funcionar para dar uma cara decente a este blog! Vamos ver se fazemos uma dupla mudança de visual: a minha e a do blog! LOL

Changes soon… in me!

É verdade, tomei a liberdade de iniciar um processo de mudança na minha personalidade e também no meu look… O “plano” – sim, porque eu planeio tudo… lol – é de longo prazo, mas os primeiros efeitos já os começo a sentir, o que é positivo! Não vou revelar pormenores porque gosto de ver a cara das pessoas quando me vêem passado algum tempo e dizem que já nem me reconhecem! LOL

Por acaso começo a perceber que a mudança é um bom anti-depressivo pelo menos para a minha depressão unipolar e melancólica. A mudança do self, de um que não funciona bem, para um que funciona melhor é fundamental, e penso que começo a perceber como é que se vai fazendo isso sem criar choques brutais, normalmente super stressantes. Antes de mais penso que cada vez mais estou a dar mais importância a mim mesmo, a não seguir caminhos que “outros” traçam por mim, a ter vontade e opinião próprias mesmo que não agrade a muita gente, estou menos influenciável e mais alegre, pelo menos por dentro sinto menos rancores e frustrações. Recomecei a aproximação à faculdade o que é muito bom e por agora sinto-me – o que já não acontecia há agesfeliz!

Se quiserem contribuir para a minha mudança de look com uma prenda de Natal ficaria agradecido e não recusaria. Tenho até sugestões: uma mochila especial em que possa também levar o portátil e/ou o novo perfume de homem da Chanel. :)

Estou cansado. Foi um dia longo a andar de um lado para o outro a tratar de papelada e a aturar a incompetência dos funcionários da CGD. Mereço descanso!

terça-feira, dezembro 14, 2004

Um dia super-atarefado…

Já há muito tempo que não tinha um dia destes… em que nem sequer tenho tempo para o self pity tão apetecido – NOT!

Depois de dormir três horas e qualquer coisa [por causa dos mais de 200 mails que tive ler ontem…] lá fui para o IST bombar no trabalho de TCM.

Fui almoçar ao Alkimia com os meus colegas de grupo, o que foi agradável. Ainda tive oportunidade de falar um bocadinho com o N. e o J. que já não via desde a semana passada… Nice look o do N. as usual… que raiva que tenho do meu cabelo, porque é que ele não cresce como eu gosto? Porque é que tem tendência a ficar com aspecto de cogumelo? Que raiva!

Depois de apanhar um susto de morte só com o enunciado (é natural…) resolvemos ir tirar dúvidas com o professor das teóricas (bad choice some would say…). Como todo o bom professor do IST que se preze minimamente, começou por perguntar se, por acaso, não poderíamos ter ido antes tirar dúvidas com o professor das práticas! Dissemos que esta era a hora de dúvidas dele e que foi por isso que aparecemos. Perguntou-nos se tínhamos a certeza disso. [É completamente irreal esta situação… só mesmo em Portugal…] Dissemos que era o que estava na página da net da cadeira. Aí ele lá se acomodou à ideia que teria que “perder” algum tempo a atender-nos embora se notasse a relutância no rosto, a falta de à-vontade com que falava… Saímos de lá a perceber melhor o problema o que já foi (muito) bom. A seguir pudemos ir trabalhar no projecto e adiantar algum trabalho. Deadline: sexta-feira, 17 de Dezembro!

A seguir fui a correr ao Saldanha comprar uma prenda de emergência porque hoje havia (e tinha-me esquecido) troca de prendas na APAE. Comprei um ursinho todo catita! A prenda tinha que estar entre os 2 e os 5€. O meu ursinho ficou em 4,99€ - right in the budget! Na troca de prendas fiquei com um daqueles “aparatos” de metal em que dois golfinhos se equilibram, e andam de um lado para o outro, sem caírem…

O jantar de Natal da APAE foi a seguir e, talvez devido a cortes orçamentais natalícios, à época de entrega de projectos apertada ou ao estudo intensivo antes dos últimos testes, a adesão dos membros da direcção foi muito fraca infelizmente. Acabamos por ser só seis contando com o Sr. J. e a D. O. que são sempre convidados especiais da APAE nos jantares porque, de facto, são uma enorme mais-valia e de importância ímpar no desenvolvimento da APAE no seio da ADIST. Como seria de esperar a conversa animou-se em volta de vários assuntos, desde o IST, passando pela APAE, pela ADIST e pelas ‘confidências’ naturais destas ocasiões… um típico jantar de confraternização!

Cheguei agora a casa e vou ver os meus e-mails. Não quero deixar acumular como na semana passada LOL Estou cansado realmente e acho que já não vou estudar hoje. Vou mas é descansar para amanhã ir para o IST cedo com o N.

Well, pills taken. Tight sleep awaits.

segunda-feira, dezembro 13, 2004

Mails, Obrigações e Preocupações

São estas horas da manhã e ainda estou acordado. Sinceramente não tenho sono o que é estranho porque o Xanax XR costuma dar-me uma ‘moca’ descomunal… enfim! Isto deve-se ao facto de ter estado até agora a ver e-mails acumulados desde há mais de uma semana. Estive a ler alguns até agora, perto de 150. Agora liguei-me novamente à Internet e tenho mais 57. Mas esta noite vou acabar com a praga dos e-mails infindáveis. Pelo facto de ter ganho coragem de os começar a ler já me sinto bastante melhor… ufa…

Quanto às minhas obrigações… estou com um aperto no peito e uma dor no estômago. Por um lado tenho as coisas na APAE para resolver – sou tesoureiro mas tenho estado desleixado – e isso está-me a trazer preocupações que não me deixam estar inteiramente contente e feliz no dia a dia. Além destas obrigações associativas tenho a faculdade, o trabalho de “Transmissão de Calor e Massa” está-me a dar a volta ao miolo, tenho medo de começar a pegar naquilo e assaltam-me dúvidas: e se não consigo fazer o projecto? E se não correspondo às expectativas dos meus colegas de grupo? Deveria ter estudado mais para isso, mas o medo de “meter mãos à obra” congela-me os movimentos, tolda-me a mente, impede-me de ser racional: perante o medo do insucesso e do fracasso, adio o começo dos projectos e do estudo, quando já não tenho mais hipóteses de adiar começo finalmente a estudar, verifico que até as coisas não são tão más como pareciam à primeira vista e que afinal até percebo umas coisas daquilo, verifico que não tenho tempo para estudar tudo o que queria ou com a profundidade que desejava, fico desiludido comigo e frustado com os resultados obtidos… é um ciclo infernal e vicioso em que o “stress de não fazer” e o “medo de começar a fazer” se equilibram por forma a maximizar o sofrimento que experimento…

Penso que uma das coisas em que tenho que melhorar imenso é na ‘gestão do tempo’, na organização do meu tempo segundo procedimentos que me possibilitem realizar as tarefas às quais estou comprometido mantendo assim baixos os níveis de stress e libertando tempo para mim, e para os meus projectos pessoais – de satisfação pessoal.

A minha psicóloga deu-me instruções bastante precisas para esta quarta-feira; devo levar o mapa de exames actualizado e um plano de estudo para a época de exames. Pode parecer simples mas só de pensar nisso fico com uma dor de cabeça e ansioso… a falta de auto-confiança adensa-se nesta época de avaliações: detesto avaliações! A auto-estima está a melhorar, penso que gosto mais de mim – o que não quer dizer que confie em mim ou acredite em mim – quer somente dizer que penso que mereço ser feliz e que tenho uma série de qualidades que a pouco e pouco vou identificando. O problema de ser capaz de estudar e ser bom naquilo que faço é outro, diferente, e que se centra talvez também no meio social da minha faculdade, que em termos de motivação dos estudantes e relacionamentos inter-pessoais deixa muito a desejar…

...a burden I must carry…

‘To Read’ or ‘Not to Read’?!

Curiosamente, e no seguimento do meu último post, o meu ex-namorado e eu tivemos uma curiosa conversa noutro dia sobre os “benefícios” e “malefícios” de [eu] ler alguns (!) livros sobre literatura específica/especializada acerca do meu problema de saúde [mental] actual – a depressão.

Segundo a posição dele não haveria benefício algum em ler o que ‘outros’ pensam sobre o ‘nosso problema’ dado que ‘cada caso é um caso’. De facto é sabido e verdade que cada caso é um caso, mas essa asserção não impede que o doente queira ouvir ‘segundas opiniões’ sobre as terapias que está a fazer, acerca da medicação que está a tomar, ter conhecimento de diversos casos clínicos tratados com mais ou menos sucesso, e em que medida eles são comparáveis com o ‘nosso caso’. Além disso custa-me a acreditar que um maior e melhor conhecimento/entendimento acerca do problema que tenho pela frente e como outros o enfrentaram e como o interpretaram não tenha importância no meu processo de “cura”, mas, mesmo que – hipoteticamente – não tenha qualquer interesse, pelo menos sacia a natural sede de conhecimento e curiosidade animal própria do ser humano.

Desde que fui ‘diagnosticado’, essa necessidade de saber mais sobre o que se passa comigo, sobre o que ‘se sabe’ sobre o assunto, fez-me perscrutar com atenção as secções de psicologia e sociologia de muitas livrarias, tentando descobrir no meio de milhares de livros aqueles que versam sobre depressão e ansiedade. Existem, e não são poucos! Muitos dos melhores livros ainda estão por traduzir para português mas já há algum trabalho publicado, de alemães, espanhóis, norte-americanos e portugueses. Já comprei alguns livros sobre o assunto, desde a versão psiquiatra, passando pela psicológica, até à sociológica. Encontro-me a ler um livro que versa sobre a depressão escrito por um sociólogo – professor universitário – que também ele teve (e ainda tem) depressão. Ao contrario do que o meu ex-namorado me disse, eu acho estes livros úteis, porque acredito piamente que ‘ter conhecimento’ é sempre melhor do que ‘ter ignorância’ sobre ‘qualquer coisa’. Não os leio sem um mínimo sentido de crítica saudável, um desconfiar das ‘receitas mágicas’, daí que leia diversos autores (alemães, norte-americanos, espanhóis e portugueses), de diversos campos de especialização (psiquiatria, psicologia, sociologia), de diversas escolas de pensamento (norte-americana vs. europeia), além de ter consultas de psiquiatria e fazer psicoterapia todas as semanas. Creio que atacando o problema de todas as frentes e tentando aprender o máximo sobre o mesmo seja um caminho racional e lógico que qualquer pessoa enveredaria se desejasse com muita força soltar as amarras da depressão e dar um salto em frente em termos de qualidade de vida. Estou cansado destas amarras que me impedem de ser “eu próprio”, de “fazer o que quero” e estar subjugado ao poder controlador de uma entidade imaterial mas bem presente que me controla as acções e reacções em cada instante sem que tenha qualquer controlo sobre ela… Tenho imensos livros já comprados e tive que por o limite a mim próprio de que só comprarei mais livros sobre este tema depois de ler todos os que tenho actualmente. Dado que vou entrar em época de exames brevemente é provável que não vá ter muito tempo nos próximos dois meses para ler algo mais que as ‘bíblias’ da faculdade. Whatever!

Desta forma acabei hoje o quinto capítulo, chamado «Coping e Adaptação», do livro do David A. Karp que ando a ler. Interesting! Segue-se o capítulo «Família e Amigos»… prepare yourselves folks! LOL

domingo, dezembro 12, 2004

‘To Write’ or ‘Not to Write’?!

Há uns dias atrás tive uma discussão, digamos, uma conversa, com uma amiga minha do curso que me perguntou como é que eu tinha a ‘coragem’ de escrever coisas aparentemente demasiado íntimas neste blog… Confesso que já me tinham assaltado estas dúvidas sobre a transparência, a falta dela, o excesso dela e o q.b. de transparência compatível com a necessidade que tenho de ter os meus próprios “segredos” e o ao mesmo tempo a necessidade compulsiva de falar de certos problemas meus, mais prementes e que me afligem a existência do dia a dia. O equilíbrio entre “falar demais” e “não falar de nada” é algo que encaro com naturalidade, afinal de contas fazemos isso todos nós e todos os dias nas conversas com os nossos pais, com os nossos irmãos, com os nossos amigos, com o nosso namorado ou a nossa namorada, com os nossos professores, etc. Penso que o mesmo se aplica aqui no blog. Aqui não podemos negar que não dissemos, e se quisermos ser fidedignos connosco mesmos não podemos ‘fazer batota’ e apagar certos posts que porventura nos tenhamos arrependido de ter escrito. Não acredito que o pensamento das pessoas seja estático e, como tal, penso que o perigo de dar opiniões sobre coisas em relação às quais mais tarde venhamos a mudar de opinião não é uma catástrofe, é apenas um percurso pessoal de auto-conhecimento e crescimento que, como é natural, implica pontos de mudanças de personalidade e redefinições cognitivas acerca de posições ou situações previamente tomadas ou defendidas. Estas mudanças de paradigma de certa forma são o melhor argumento para optar por escrever em vez de guardar – in my already troubled mind – muitos dos meus receios, medos, dúvidas, indefinições e dificuldades.

‘To Write’. Indeed!