segunda-feira, junho 12, 2006

Energia a Concurso

Decisão de Álvaro Barreto

Gás Natural fora do concurso das centrais de ciclo combinado

As regras que o Governo aprovou ontem para a atribuição de licenças de produção de electricidade, que afectam directamente o conjunto de empresas que se candidatou à construção de centrais de ciclo combinado, apontam para a satisfação dos pedidos da Galp, da EDP, da Iberdrola e da Tejo Energia. Isto no caso de o Governo garantir a autorização para dois grupos geradores para cada uma, tal como as empresas queriam, ficando previsivelmente de fora a Gás Natural.

by Lurdes Ferreira on 09-06-2006
Esta decisão é extremamente importante uma vez que vai criar mais concorrência no mercado da energia, vai baixar a nossa dependência da importação de energia de Espanha e vai diversificar as fontes de energia, para que o petróleo não seja mais a fonte dominante, mas sim coadjuvado pelo gás natural - mais limpo - e pelo “carvão limpo”, isto é, centrais a carvão com aprisionamento do CO2! As centrais a “carvão limpo” são uma das mais incríveis invenções humanas dos últimos tempos. Em primeiro lugar não emitem CO2 para a atmosfera, logo não aumentam a nossa produção de CO2 ao abrigo do Protocolo de Quioto. Em segundo lugar porque diversificamos ainda mais as nossas fontes energéticas, que, com o Gás Natural da Argélia, nos deixa menos dependentes do terrivelmente periclitante mercado petrolífero, tão influenciável a especulações, e vulnerável às vontades de estados extremamente reticentes aos ideais Ocidentais. E finalmente, em terceiro lugar, a Europa tem ainda algum carvão para extracção, especialmente na Polónia, que é membro da União Europeia. Mais ainda, países com grandes reservas de carvão contam com a presença do Canadá, EUA e Austrália, países Aliados, democráticos e que partilham connosco grande parte dos nossos ideais civilizacionais. Poderemos ver, portanto, grandes evoluções no nosso mercado energético a bem curto e médio prazo.

A Culpa Nunca É Nossa!

Jornada da CGTP

Manifestantes exigem medidas para salvar 500 empregos no distrito de Coimbra

A União dos Sindicatos de Coimbra (USC) exigiu hoje do Governo “medidas concretas” para assegurar a laboração de empresas que empregam meio milhar de trabalhadores no distrito mas que estão em risco de encerramento.

by Lusa on 08-06-2006
Mais uma vez vê-se que o português quer que o Governo/Estado seja o paizinho e a mãezinha de toda a gente, e que resolva todos os problemas, mesmo aqueles que não pode solucionar. É evidente que o Governo pode criar condições para o Investimento, criar condições para a manutenção das empresas, mas não pode mandar nas empresas. Se a GM sabe que a fábrica em Portugal é comparativamente mais cara que a mesma fábrica na China, na Coreia ou em Taiwan, não há muito que o Governo possa fazer, a não ser através de benefícios fiscais. Mas, e uma vez mais, se a GM pagar menos impostos, haverá outros que pagarão mais, para equilibrar o Orçamento de Estado. Uma vez mais se assim continuarmos caminhamos para o extremo de termos mais “excepções” à regra do que “cumpridores das regras”!

quinta-feira, junho 08, 2006

Comentários...

Alguns comentários às pessoas que foram colocando comentários à notícia do Público “Correntes de mails contra últimas propostas do Ministério da Educação para avaliar professores”.

1) Há bons professores e maus professores. Há professores que se dedicam aos alunos e outros que não. O meu pai é professor, e é Presidente do Conselho Executivo de uma escola há muitos anos. Batalhou por um ginásio (que não existia!) e conseguiu-o; criou um grupo de Astronomia com os respectivos acessórios, mas nenhum professor de ciências fisico-químicas, matemática ou outra disciplina se interessou e aquilo está para lá ao abandono; criou um laboratório de revelação de fotografias a preto&branco para que os alunos pudessem revelar as suas próprias fotografias que tiraram com a "máquina da escola" quando iam às visitas de estudo - nenhum professor se interessou; comprou imenso material de laboratório para ciências e fisico-química para que os alunos “vissem a ciência acontecer” - nenhum professor se interessou. Estas e outras iniciativas ao longo do tempo fizeram com que o meu pai começasse a ficar saturado de tanto professor que "não se interessa". Por outro lado a violência, mal-criação, desrespeito, famílias desestruturadas, drogas, álcool, e outras maleitas, fazem dos alunos uns autênticos delinquentes na sala de aula misturados com alunos perfeitamente inseridos na sociedade. A mistura é explosiva.

2) Os alunos avaliarem os professores é perfeitamente normal. Eu estudo no Instituto Superior Técnico, e desde que eu entrei para a faculdade que faço a avaliação dos meus professores. Os professores são avaliados por muitas componentes, e não só por uma. Os alunos são uma componente que lida diariamente com os professores. Os meus pais não, por isso não têm nada que dizer sobre isso. Não conhecem os professores, os currículos, as boas e más práticas, nem têm outras turmas e outros professores para fazerem comparações, ao contrário dos alunos, que o podem fazer com os colegas. Se um professor se esforçar por ser bom professor poderá dormir descansado. Aqueles que não preparam uma aula desde que começaram a docência e cujos acetatos estão já amarelos dos anos que têm em cima, então vão ter que começar a fazer mais qualquer coisa do que o que têm feito.

3) Avaliação por terceiros. Os professores serão avaliados por toda a comunidade escolar. Pelos seus pares, pelos seus superiores hierárquicos, pelos alunos (eventualmente pelos pais - embora não concorde), etc. Em França existe uma equipa do Ministério que vai de escola em escola de forma aleatória para assistir a aulas de vários professores para verificarem a qualidade das suas aulas, da sua preparação, etc. Em Portugal dever-se-ia fazer a mesma coisa. No Ensino Superior vai fazer-se isso (finalmente!) com avaliações dos professores por uma comitiva avaliadora externa à escola para assegurar a imparcialidade. Para quando isso em todo o regime de ensino em Portugal?

4) O Sr. Eduardo Gomes, de Lisboa, oferece uma proposta interessante. Em Inglaterra se uma escola tem níveis de produtividade e resultados abaixo de um determinado patamar então o Ministério envia uma nova equipa de gestão (não interessa agora se são professores ou não) para "tomar conta" da escola por um determinado período de tempo. Desta forma, vícios à muito existentes entre professores, alunos, funcionários, e até pais, são mudados por pessoas fora do meio. As pessoas aceitam melhor as mudanças quando as alterações são efectuadas por pessoas externas, e os resultados aparecem. Sobre a questão do Sr. Eduardo de meter gestores de escolas privadas nas públicas, lamento informar mas os gestores "públicos" não podem fazer o que lhes apetece: têm que seguir toda uma série de regras que são mais volumosas do que uma lista telefónica - o gestor "privado" dava um tiro na cabeça ao fim de um mês! Sobre as Ordens Religiosas, deixe Deus fora disto, e a Igreja acima de tudo - basta olhar para o excelente trabalho que fizeram no Porto nas “Oficinas”, formaram assassinos. A Escola é LAICA. Deus não deveria existir dentro dos portões da Escola.

5) Alguns professores trabalham muito, outros trabalham pouco. Uns utilizam as horas do horário completo para prepararem as aulas, actividades extracurriculares, para darem as aulas, para tirarem dúvidas aos seus alunos, para preparem material de estudo (já agora: nada impede um professor de preparar as suas próprias sebentas!), de participarem nas reuniões da escola, nas reuniões com os pais, etc. Mas há outros que dão as aulas e metem-se no carro para irem directos para casa. Temos que separar bem o “Trigo” do “Joio”. As avaliações servem exactamente para isso: penalizar os que não cumprem os seus deveres, e beneficiar aqueles que os cumprem!

6) Penso que a “Lei” é ainda um “projecto de Lei”, pelo que é possível fazer-se qualquer coisa por ela. Os interessados na Lei, que é quase metade de Portugal (dada a quantidade de pessoas que são professores, para um corpo discente em diminuição inexorável dada a tendência do (de)crescimento populacional), devem ler bem a proposta e elaborar uma proposta alternativa. Há coisas boas e coisas más neste Projecto. Uma coisa boa é a avaliação dos professores. (Assim como foi a avaliação dos funcionários por outra directiva, que já começou no entretanto.) Um coisa má por exemplo é o facto de os professores do 9º e 10º escalão não poderem concorrer a nenhum cargo executivo! Como isso é possível? Como podem desprezar assim pessoas que dedicaram vidas inteiras ao ensino? Como podem tratar assim as pessoas como lixo? Como podem impedir de alguém se candidatar a um cargo? Será isto constitucionalmente legítimo? Poderá alguém dizer a outros: «tu podes-te candidatar, mas tu já não»? Há que limar algumas arestas sem dúvida!

quarta-feira, junho 07, 2006

4 Notícias Sobre Neo-Nazis em 24h

UM

PSP deteve ontem Mário Machado
Dirigente da Frente Nacional deverá ser ouvido hoje no TIC

Mário Machado, dirigente da organização de extrema-direita Frente Nacional, deve ser hoje ouvido no Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa, na sequência da sua detenção, ontem, pela PSP, na sequência de uma reportagem da RTP, onde defendeu o uso de armas e a ideologia de extrema-direita.

by Lusa on 07-06-2006
DOIS

Ouvido no TIC

Frente Nacional: dirigente Mário Machado diz-se "preso político" de um "Estado opressor"

O dirigente de extrema-direita Mário Machado, detido ontem por posse de armas ilegais na sequência de uma reportagem na RTP, considerou-se hoje à entrada do Tribunal de Instrução Criminal (TIC) de Lisboa um "preso político" cujo único crime "é ser nacionalista num Estado opressor socialista".

by Lusa on 07-06-2006
TRÊS

Sindicalista diz-se "perplexo" com a decisão

PNR garante presença na manifestação de polícias em Lisboa

O Partido Nacional Renovador, conotado com a extrema-direita, anunciou que se fará "representar" na manifestação de profissionais das forças de segurança que se realizará hoje, em Lisboa, uma decisão que está a gerar "perplexidade" aos organizadores do protesto.

by Lusa on 07-06-2006
QUATRO

Outras forças pretendem avançar com protestos

Principal grupo neonazi alemão desiste de fazer manifestações durante o Mundial

O principal agrupamento da extrema-direita germânica, o Partido Nacional-Democrático da Alemanha (NPD), desistiu de organizar manifestações durante o Mundial de Futebol Alemanha 2006, mas há outras forças neonazis que pretendem fazê-lo.

by Lusa on 07-06-2006
É uma vergonha nacional a existência de grupos de extrema-direita e neo-nazis. Este vírus da maldade e da descriminação é uma afronta à Constituição Nacional e à Carta Universal dos Direitos da Humanidade.

Central Fotovoltáica

Renováveis

Director-geral de energia diz que central de Serpa é um "passo importante" para desenvolver o solar

A construção da maior central solar do mundo em Serpa constitui um "passo importante" para o desenvolvimento da energia solar e para o cumprimento das metas portuguesas para o renovável, defendeu hoje o director-geral de Energia.

by Lusa on 06-06-2006
Parece que com a actual legislação esta central é viável. Que se continue, e já agora boa sorte!

Clonagem

EUA

Harvard começa a clonar embriões humanos a partir de células estaminais

Uma equipa de investigadores da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, vai começar a clonar embriões humanos para obter células estaminais, recorrendo a fundos privados para contornar as restrições impostas pelo governo federal.

by Agências on 07-06-2006
Será que começou a corrida para ver quem o faz primeiro?!

HIV-SIDA

Estudo do INE

Sida está a matar cada vez mais tarde em Portugal

Nos primeiros anos de infecção por HIV/sida em Portugal, morria-se jovem e em pouco tempo. Contaminações cada vez mais tardias e o aumento da esperança de vida trazido pela terapêutica fazem com que agora se morra cada vez mais a partir dos 55 anos e já na terceira idade, conclui o estudo A mortalidade por VIH/sida em Portugal: alterações da estrutura etária, publicado no último número da revista do Instituto Nacional de Estatística (INE).

by Catarina Gomes on 05-06-2006
Uma notícia que nos deve colocar a todos com muita atenção. A SIDA mata! Não é só uma doença crónica. É uma doença incurável. Protejam-se!

Idade Legal

Dois anos a menos do que está em vigor

CDS-PP quer tornar imputáveis jovens a partir dos 14 anos

O CDS-PP quer tornar imputáveis os jovens a partir dos 14 anos, baixando assim a "idade penal", actualmente fixada em Portugal nos 16 anos, de acordo com um projecto de lei hoje divulgado.

by Lusa on 05-06-2006
Sou muito pouco a favor de quase todas as leis que o partido CDS-PP coloca a votação, devido ao seu conservadorismo, quando não é simplesmente por ignorância, ou, pior, pelo facto de gostar de ver algumas “franjas” da sociedade a sofrer para a “franja principal” (a qual dizem representar) se sinta melhor... Mas quanto a esta questão particular penso que acertaram em cheio num problema nacional sem resolução, e que muitos outros países já resolveram por esta via. Atente-se neste excerto do referido texto:
«Enquanto em Portugal a "idade penal" está fixada nos 16 anos, a Inglaterra optou pelos 10 anos, Grécia, Canadá e Holanda pelos 12, França, Israel e Nova Zelândia pelos 13, Áustria, Alemanha, Itália e vários outros países da Europa Ocidental pelos 14, Noruega, Dinamarca, Finlândia, Islândia e Suécia pelos 15.»
Normalmente, quando falamos destes países não é com certeza com desdém e com o sentimento que são civilizacionalmente mais atrasados que Portugal. Por isso, o facto de termos a “idade penal” tão desajustada da “idade real” é pura e simplesmente nossa culpa. Os jovens de hoje não são os jovens de ontem nem são os jovens de amanhã. Penso que a lei deverá acompanhar a evolução da população, e neste caso, da população juvenil.

Incompatibilidades

Altos cargos do Estado

PS apresenta projecto sobre incompatibilidades na próxima sessão legislativa

O líder parlamentar do PS, Alberto Martins, afirmou hoje que o partido apresentará na próxima sessão legislativa, que começa em Setembro, um projecto de lei sobre as incompatibilidades e impedimentos dos altos cargos públicos e titulares de cargos políticos.

by Lusa on 05-06-2006
Concordo em absoluto! Ou temos políticos a tempo inteiro ou continuaremos a ter os actuais políticos que querem somente estar no Parlamento para o “Status” e por fora continuam empresários, professores universitários, jornalistas, etc. Acho muito bem que uma profissão de tão elevada responsabilidade pública seja exercida com seriedade e em exclusividade.

terça-feira, junho 06, 2006

Hamas Contra Paz!

A ameaça...
Depois de encontro com Javier Solana

Abbas ameaça com referendo em caso de falhanço das negociações com o Hamas

O líder palestiniano, Mahmud Abbas, reafirmou hoje a sua intenção de organizar um referendo sobre o impasse político palestiniano, caso o movimento islamista radical Hamas não modere as suas posições.

by Agências on 05-06-2006
O desespero...
Horas antes do fim do prazo para movimento aceitar manifesto

Militantes do Hamas atacaram delegação da televisão palestiniana

Activistas do Hamas invadiram esta tarde uma delegação da televisão nacional, acusada de favorecer o líder da Autoridade Palestiniana, horas antes de expirar o prazo dado por Mahmoud Abbas para que o Governo aceite um manifesto reconhecendo implicitamente o Estado de Israel.

by AFP on 05-06-2006
A decisão...
Islamistas não deram aval ao "documento dos prisioneiros"

Abbas anuncia referendo após fracasso das negociações com Hamas

O presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas, vai anunciar amanhã a data para a realização de um referendo ao plano para o futuro da região, que prevê o reconhecimento de Israel, depois de terem falhado as negociações para convencer o Hamas a aceitar a proposta.

by AFP on 06-06-2006
Conclusão: nota-se perfeitamente que o Hamas, tal como havia sido o falecido Presidente da Autoridade Palestiniana afecto à Fatah, são parte do problema e não parte da solução, não têm qualquer interesse na Paz, mas simplesmente na manutenção do status quo. Felizmente, para os palestinianos e para os israelitas, o actual presidente parece empenhado na construção da paz, e para isso nada melhor do que reconhecer o estado de Israel, acordar sobre as fronteiras e começar um projecto de um país transformado ao longo do tempo numa manta de retalhos.

Formação a Menos, Formação a Mais!

Programa Prime e FSE financiam

AI Minho arranca com plano de formação para 72 empresas orçado em 4,3 milhões euros

A Associação Industrial do Minho (AI Minho) arrancou com o projecto de formação “Valor Humano”, orçado em 4,380 milhões de euros e que abrange 72 empresas e 1167 formandos, anunciou hoje em Braga o seu presidente, António Marques.

by Lusa on 05-06-2006
Como em muitas outras realidade nacionais o índice de formação nacional é paupérrimo pelo que este tipo de actividades são de louvar. Em especial esta, que é uma parceria entre o Estado (Programa Prime), a União Europeia (Fundo Social Europeu) e as Empresas nacionais (72 empresas nacionais). Este género de parcerias coloca a responsabilidade nas mãos de todos os intervenientes, e não há desculpas de que “a culpa é do Estado”. Espero que dê bons e longos frutos!
Em 2010, mais de 50 por cento dos formandos vão estar no desemprego

Escolas de saúde triplicaram numa década

Em menos de uma década, as escolas de saúde triplicaram e o total de vagas abertas nos cursos disponíveis passou de algumas centenas para vários milhares por ano. Um crescimento "desmesurado", que explica a actual situação de "descalabro", alerta o professor na Escola Superior de Tecnologia da Saúde do Instituto Politécnico de Coimbra, Jorge Conde, num estudo efectuado a pedido da direcção do Sindicato das Ciências e Tecnologias da Saúde (SCTS).

by Alexandra Campos on 05-06-2006
Parece que o problema é sério pelas bandas das saúdes. Parece que se estão a formar licenciados a torto e a direito! Se até agora tínhamos carência de recursos humanos nestas áreas parece que a partir de agora vamos começar a ver uma enchente tipo Tsunami que transformará o sector da saúde. Aconselho a todos a lerem esta peça que está muito bem suportada por estudos e números!

Dependência ou Independência?

Reunião dos ministros das Finanças

IVA: Portugal pressionado a acabar com alguns benefícios fiscais na Madeira

Portugal vai ser pressionado amanhã, na reunião dos ministros europeus das Finanças no Luxemburgo, a aceitar novas regras de cobrança do IVA nos serviços que poderão significar o fim de alguns dos benefícios fiscais que a Madeira oferece.

by Lusa on 05-06-2006
Adorei! O Presidente da Região Autónoma da Madeira perguntou, à alguns dias, aos seus conterrâneos, se a Madeira é ou não auto-suficiente. Eu proponho o seguinte para fazer um teste eficaz. Cortemos todos os benefícios fiscais, e de outros géneros, que a Madeira tem em relação ao Continente e vejamos o resultado. Depois falamos novamente, especialmente gostaria de ouvir o Sr. Presidente Regional falar sobre a “independência” economico-financeira da Ilha.

Aviação e Petróleo, Um Namoro Difícil!

Dados da IATA

Companhias de aviação deverão perder três milhões de dólares este ano

As companhias aéreas em todo o mundo deverão registar uma perda acumulada de três mil milhões de dólares (2,31 mil milhões de euros) em 2006, apesar do vigor do tráfico de passageiros, sob o efeito do agravamento dos preços do petróleo, indicou hoje a International Air Transport Association (IATA).

by AFP on 05-06-2006
Afinal a TAP não está assim tão mal, ou melhor, o mal é geral. Como todos sabemos os custos em combustível são uns dos custos mais elevados numa companhia aérea, e a TAP não é excepção. Dado que o querosene é produzido através do petróleo, e este está novamente perto dos máximos históricos, por volta dos 74$, não é de estranhar que a TAP se ressinta, e só não se ressente mais porque a nossa moeda, o euro, está bem forte em relação ao dólar, fazendo com que o petróleo seja ligeiramente mais barato. Prevê-se um novo ano de dificuldades para as companhias aéreas, que provavelmente terão que aumentar as tarifas.
Investidores nervosos com ameaças Irão/EUA

Preço do petróleo sobe para quase 74 dólares

O preço do petróleo agravou-se hoje de manhã em Londres e em Nova Iorque, depois de o Irão ameaçar o corte no abastecimento de petróleo caso seja atacado pelos Estados Unidos.

by AFP on 05-06-2006
E são estes tipos do Irão, uma nação não-democrática, que viola constantemente a Carta Universal dos Direitos da Humanidade, com um presidente tirano anti-semita, uma verdadeira autocracia, ou melhor, uma teocracia, que fazem com que o petróleo esteja nos preços exorbitantes actuais. A “bomba”, que tanto anseiam, nas mãos destes tipos, é como deixar que estes tipos abram a “Caixa de Pandora”: nunca iremos saber o que de lá sairá antes que isso aconteça. Com a actual conjuntura no Iraque - que o impede de aumentar a produção para compensar um eventual corte por parte do Irão - e com um Hugo Chavéz populista e inconsequente, que se afirma muito a favor dos “pobrezinhos” mas que apoia uma das nações mais anti-democráticas e repressoras do mundo, mas que controla enormes recursos petrolíferos de importância estratégica para os EUA, deixa os EUA e a NATO de mãos e pés atados contra a possibilidade, embora remota, de um distúrbio dos fornecimentos de petróleo ao Ocidente. Esta arma-petróleo é um perigo constante, um empecilho ao desenvolvimento mundial. Só assim se entende o último parágrafo da notícia atrás assinalada:
«Os analistas contactados pela AFP mostram-se apreensivos com as recentes declarações de políticos de topo do Irão que ameaçaram utilizar o petróleo como arma contra o Ocidente por causa da oposição dos Estados Unidos e dos europeus ao programa nuclear iraniano.»

Quioto, a Quanto Obrigas!

Plano Nacional de Alocação de Licenças de Emissão

Indústria terá de reduzir nove por cento das emissões

As indústrias ligadas à energia, cimentos, vidro, pasta e papel, cerâmica e metal terão de reduzir as suas emissões em nove por cento, segundo o Plano Nacional de Alocação de Licenças de Emissão (PNALE), aprovado quinta-feira em Conselho de Ministros e que estará em discussão pública até 15 de Junho. Os direitos a poluir serão atribuídos gratuitamente às indústrias, mas são agora em menor número do que no período 2005-2007.

by Ana Fernandes on 05-06-2006
“Quioto”, para muitas pessoas é uma palavra que quer dizer “dores de cabeça”, e fonte de uma quase “conspiração” digna da Dan Brown por parte dos ambientalistas, que na sua “inconsciência” estariam a desprezar a economia nacional e mundial. De facto não tenho medo de “Quioto”, e só acho que foi pena não ter acontecido mais cedo.

Existem opções que os “industriais” e os “produtores de energia” (termoeléctricas) podem fazer para diminuir a sua emissão de dióxido de carbono. Existe um sem número de tecnologias e até soluções de senso comum extremamente criativas que podem fazer a diferença num mundo onde a tonelada de dióxido de carbono extra (em relação à quota anual) pode chegar aos 30€. Esperemos que os gestores usem os vários serviços de consultoria para delinearem uma estratégia para inverter a situação, ou a sua laboração será cada vez mais custosa e impopular. Uma fortíssima aposta nas energias renováveis até 2013 poderia diminuir drasticamente a nossa dependência dos hidrocarbonetos, nomeadamente se se desbloqueassem a construção de mais hidroeléctricas (por mais que "meia dúzia" de peixinhos se ressintam, as consequências do aquecimento global serão incomparavelmente mais destrutivas para o ambiente).

Em relação ao caso dos “transportes” penso que a solução passa pela acção fiscal. Taxar os transportes mais poluentes de uma forma mais agressiva, e os transportes menos poluentes de uma forma mais lasciva. Mas as diferenças têm que fazer sentido. Isto é, os novos automóveis híbridos que começam, a medo, a aparecer no mercado, devem ser consideravelmente mais baratos de adquirir do que os automóveis mais poluentes. É conveniente referir que os automóveis híbridos multiplicam a eficiência da gasolina por dois (2) em relação aos automóveis não híbridos!

Quanto à poluição “residencial” devemos cada vez mais ter isso em conta. Os nossos fogões a gás, os nossos esquentadores e os nossos aquecimentos centrais, tudo isso são fontes de emissões de gases de efeito estufa (leia-se CO2). Uma campanha nacional para fomentar a utilização de painéis solares térmicos (são diferentes dos fotovoltaicos) e incentivos fiscais seriam fortes motivos para as pessoas mudarem de paradigma de aquecimento de água. Em relação a novas habitações, fortes legislações em relação ao isolamento térmico, e instalação de painéis térmicos de raiz são uma das possibilidades de melhorar o cenário nacional.

No sector dos “serviços” devemos fazer um estudo aprofundado de quais são os que poluem, e por que meios, e quais as formas de os atacar. Os serviços de transporte terão que utilizar cada vez mais transportes menos poluentes, como híbridos ou então os caminhos de ferro. Em relação aos enormes escritórios cheios de ares-condicionados extremamente gastadores em termos eléctricos, formas de isolamento térmico eco-inteligente, bem como arquitectura ecológica são essenciais. Esqueçam os curtain-windows dos prédios de escritórios e de hotéis. São muito giros não há dúvida, mas gastam energia como tudo: no Inverno deitam energia ao lixo para o meio ambiente externo, no verão fazem do escritório uma estufa!
Dia Mundial do Ambiente

José Sócrates destaca importância de políticas ambientais para a economia

O primeiro-ministro, José Sócrates, destacou hoje, no Dia Mundial do Ambiente, a importância das políticas ambientais para fortalecer a economia do país, num dia em que caminhou com quase quatro mil crianças cerca de três quilómetros, entre Lamego e a Régua.

by Lusa on 05-06-2006

Não haja dúvidas nenhumas que uma economia eficiente ecologicamente falando é mais forte do que uma ineficiente. Para termos uma ideia, o ex-Presidente Bill Clinton está a fazer uma campanha nacional nos EUA para tentar provar à administração actual (George W. Bush) que é fundamental uma nova política energética e a assinatura do Protocolo de Quioto. Como já postei aqui anteriormente os Republicanos (com maioria no Senado e na Câmara dos Representantes) já deram autorização ao Secretário da Energia para lançar um concurso com vista à resolução dos problemas de armazenamento e produção do hidrogénio como combustível automóvel. Um passo de gigante para estes conservadores.
Custos de milhões de dólares

Pequim prevê agravamento da poluição na China

A poluição do ambiente agravou-se na China e seguirá essa tendência, com perdas económicas na ordem dos milhões de dólares, alertou hoje o Governo de Pequim, para marcar o Dia Mundial do Ambiente.

by AFP on 05-06-2006
Mas se na Europa, no Japão e nos restantes países que ratificaram Quioto, a inversão da poluição para os níveis de 1990 parece alcançável até 2013, já na China, na Rússia, na Índia e no Brasil (os “BRIC”, da esquerda para a direita por ordem crescente de importância), não passa de uma mera ilusão. Especialmente na China em que a poluição é de tal forma visível que muitas pessoas sofrem já de problemas de saúde crónicos. Além disso a desflorestação, o uso abusivo dos terrenos aráveis, a poluição dos principais rios e da costa dos pacífico (onde se concentra a maioria dos chineses) é de tal ordem que já se calcula que os custos em saúde com a poluição possam atingir os 10% do PIB.

domingo, junho 04, 2006

Arma-Petróleo

Caso os EUA ataquem o país

Líder iraniano avisa que país pode interromper abastecimentos petrolíferos

O Guia Supremo da Revolução Islâmica, Ali Khamenei, avisou hoje que as remessas petrolíferas da região poderão ser interrompidas se os EUA atacarem o país e reafirmou que Teerão não vai abdicar do seu direito a produzir energia nuclear.

by AP on 04-06-2006
Atitudes como esta, de utilização de recursos naturais, nomeadamente energéticos, para ameaçar as potências industrializadas, põe em causa o equilíbrio de poder no mundo. A luta pela independência dos hidrocarbonetos deve ser vista como um escudo protector contra este tipo de agressão, o apoio ao Protocolo de Quioto também nos mantém cada vez mais a salvo deste tipo de demência embora de uma forma indirecta através da retracção da procura sem comprometer o crescimento do PIB, e não da oferta. Esta é mais uma das manifestações da utilização da arma-petróleo por parte de líderes islâmicos, e não vai ser a última. Cabe a cada país lutar pela sua libertação do jugo destes tiranos, tal como a cada um dos cidadãos desses países lutar pela sua libertação individual.

sábado, junho 03, 2006

Mobilidade

Regime aprovado ontem em Conselho de Ministros

Função pública: Fesap e Ste contra proposta de mobilidade dos trabalhadores

A Frente Sindical da Administração Pública (Fesap) e o Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (Ste) opõem-se aos termos actuais da proposta de lei sobre a mobilidade dos trabalhadores da Administração Pública aprovada ontem em Conselho de Ministros.

by Lusa on 02-06-2006
É absolutamente imprescindível que os funcionários públicos entendam que os erros do passado vão ter que ser corrigidos mais cedo ou mais tarde. Nestes erros estão incluídos o excesso de funcionários de uma forma geral. Por seu turno a questão é mais complicada do que parece porque se em alguns serviços há um excesso brutal de funcionários, noutros há uma crónica falta de recursos humanos. Desta forma, faz sentido um plano de mobilidade para que dos locais de excesso de funcionários transitem alguns para serviços que carecem dos mesmos.

Regime de mobilidade aprovado ontem em CM

Teixeira dos Santos acusa sindicatos de estarem contra reforma da Administração Pública

O ministro das Finanças e da Administração Pública, Fernando Teixeira dos Santos, acusou hoje os sindicatos de estarem constantemente contra qualquer proposta de reforma do sector, o que revela a vontade de manterem a situação actual.

by Lusa on 02-06-2006
Esta atitude não é de estranhar, porque todas as pessoas dizem que é preciso “mudar” o funcionalismo público, e ao mesmo tempo essa pessoas não querem “mudar”. Querer mudar o Estado, é mudar as pessoas, uma vez que o Estado é formado por pessoas. São décadas de vícios instalados que têm que ser mudados. O horror que os funcionários (públicos) têm aos sistemas de avaliação é bem conhecido, e os processos de avaliação foram “chumbados” pelos sindicatos. Porquê? Porque a verdadeira colecção de tachos que é o funcionamento público iria de uma vez por todas ver a luz do dia! Uma empresa, e um Estado, não sobrevivem sem um grande esforço de colecção de dados sobre a performance dos seus funcionários. As remunerações obviamente iriam ser indexadas ao nível de trabalho executado por cada funcionário. A nível das escolas o sistema de avaliação está a avançar, finalmente. Em princípio os funcionários não docentes terão que se confrontar com as primeiras avaliações brevemente. Posteriormente serão os professores a serem confrontados com este género de avaliação. Deveria ser estendido a todos os sectores do Estado.

sexta-feira, junho 02, 2006

Estação Espacial Internacional

No exterior da estação espacial internacional

ISS: dois astronautas terminam passeio espacial de mais de seis horas

Dois astronautas da estação espacial internacional (ISS, sigla em inglês) fizeram hoje um passeio espacial de seis horas e 31 minutos para trabalhos de reparação e substituição de mecanismos. A agência espacial norte-americana informa que a missão foi terminada com sucesso.

by PUBLICO.PT

quinta-feira, junho 01, 2006

Tribunal de Contas

Contratos adicionais ficam de fora

Governo alarga competências do Tribunal de Contas a todas as entidades com dinheiros públicos

O Governo aprovou hoje uma proposta para reforçar os poderes de fiscalização preventiva do Tribunal de Contas, que passará a estender a sua acção de controlo a todas as entidades que gerem dinheiros públicos.

by Lusa on 01-06-2006
Acho muito bem. Os excessos do orçamento é, também, muitas vezes, mau uso do dinheiro. Que se investigue!

Tribunal de Contas

Contratos adicionais ficam de fora

Governo alarga competências do Tribunal de Contas a todas as entidades com dinheiros públicos

O Governo aprovou hoje uma proposta para reforçar os poderes de fiscalização preventiva do Tribunal de Contas, que passará a estender a sua acção de controlo a todas as entidades que gerem dinheiros públicos.

by Lusa on 01-06-2006
Acho muito bem. Os excessos do orçamento é, também, muitas vezes, mau uso do dinheiro. Que se investigue!

Petróleo

Terminei a leitura do livro “Petróleo: Qual Crise?”, de J. Caleia Rodrigues, Booknomics. Depois do primeiro capítulo verdadeiramente decepcionante o livro vai ganhando interesse com o passar dos capítulos. Devo advertir quem o comprar que é um livro escrito por uma pessoa que sempre trabalhou na área petrolífera, do carvão e do gás natural. Portanto, nas “soluções” que o autor propõe para a crise actual estão incluídas somente iniciativas da parte da «oferta» de mais hidrocarbonetos. Não se aborda o tema das “alternativas”, “verdes” ou “renováveis”. O autor é no entanto muito conhecedor dos aspectos geopolíticos do mercado mundial de hidrocarbonetos, pelo que tem grande interesse a história (da nossa dependência) energética, dos diversos produtos que fizerem parte dessa história, da contribuição do petróleo para as guerras mundiais bem como a utilização da arma-petróleo como forma de coação política. É um obra interessante embora não seja um apreciador da forma específica de escrever do autor.

Como já é meu hábito transcrevo a contracapa:

«Quanto petróleo existe no subsolo? Quanto poderá vir a ser possível extrair no futuro? Nunca ninguém soube ou terá a veleidade de tentar inventariar! Mas a delapidação dos recursos petrolíferos é preocupante.

Surgiram, entretanto, novos actores na cena internacional: a China e a Índia, que comportam um terço da população mundial e estão dependentes do petróleo para dar continuidade aos seus programas de desenvolvimento. Estes novos consumidores gigantes sobrepuseram-se às economias industrializadas que foram relegadas para lugar secundário na ordem das prioridades a satisfazer.

Com a alteração do naipe de consumidores acabou por emergir a Rússia a liderar o mercado de abastecimento com os seus imensos recursos de gás e petróleo.

O Presidente russo anunciou em Janeiro de 2006 a imediata construção de um oleoduto com capacidade para transportar os 5 mil milhões de barris que irá entregar à China até 2030. Caminhamos para o esgotamento do petróleo convencional.

A alternativa poderá estar nos petróleos pesados ou nos sintéticos a partir do carvão, já em produção comercial. Para quem os puder pagar!

O grande obstáculo à utilização maciça destes petróleos não-convencionais reside nos custos da extracção e do processamento. Ambos exigem um grande esforço financeiro de retorno a longo prazo. Sem esquecer as exigências ambientais.

Aos países extremamente dependentes que não os possam pagar não restará outra saída que não seja a de optar por energias renováveis: hídrica (se tiverem água), eólica (se tiverem vento) ou biomassa (se tiverem solo arável e água).

Seremos obrigados a conjugar as várias fontes energéticas disponíveis e utilizá-las racionalmente. No equilíbrio das várias opções a tomar, residirá o bem-estar da civilização tal como a conhecemos.

E a Europa? Continuará unida em torno desta questão simultaneamente política, económica e social?»

Médico, Procura-se!

Financiamento de um milhão de euros

Governo vai apoiar projecto de reconhecimento de habilitações de médicos imigrantes

O ministro da Saúde, António Correia de Campos, anunciou hoje que o Governo vai financiar com um milhão de euros o segundo projecto de reconhecimento de habilitações de médicos imigrantes que terá início no Outono.

by Lusa on 31-05-2006
Completamente de acordo. Se os nossos médicos preferem estar todos a fazer investigação (O quê? Sujar as mãos? Devem estar a brincar...), ou nas grandes metrópoles (Lisboa, Porto, Braga, Coimbra, e o resto é paisagem...), que se dê oportunidades aos médicos estrangeiros devidamente certificados para exercerem a sua profissão em Portugal. O que eu desejava era que o sistema de pessoal do Ministério da Saúde fosse como o do Ministério da Educação: por colocação! Retiravam-se os médicos em excesso dos locais onde não eram precisos e colocavam-se Suas Excelências nos Hospitais e Centros de Saúde do “Portugal Real” (caro ao actual Presidente da República), ou seja, no Interior e nas zonas desfavorecidas.